O termo craniofaringeoma foi introduzido por Cushing em 1932, sendo amplamente usado desde então. No entanto, a primeira descrição remonta a Zenker, em 1857. Este tumor tem incidência de aproximadamente 0,13–2/100.000 pessoas por ano, com prevalência de 1-3/100.000 pessoas. Representa 2-5% de todos os tumores cerebrais. Possui distribuição bimodal, com 2 picos de incidência – dos 5-10 e 65-74 anos -, sendo que cerca de 50% ocorrem na infância. Este tumor não apresenta preferência por sexo ou raça.1-3 Embora a ressecção total seja o tratamento de escolha, em alguns casos o tumor está muito aderido às artérias perfurantes que irrigam o diencéfalo, tornando impossível a remoção total sem sequelas.
Embora várias vias de acesso cirúrgico sejam descritas na literatura, a abordagem pré-temporal é a que expõe o cirurgião a diferentes ângulos de visão das regiões selar e supraselar.
Embora não descrita comumente no manejo cirúrgico dos craniofaringeomas, o objetivo dos autores foi relatar um caso no qual essa via foi utilizada com sucesso e obteve cura tumoral.