Introdução: A pandemia de COVID-19 aumentou significativamente o interesse e a prática da telemedicina entre os neurologistas brasileiros. Antes dela, apenas 18,5% dos neurologistas a utilizavam, mas esse número subiu para 56,2% após seu início. A telemedicina oferece vários benefícios, como redução da taxa de não comparecimento, diminuição do tempo médio de consulta, alta satisfação de pacientes e médicos, e uma considerável redução de custos.
Objetivo: Revisar a literatura sobre a custo-efetividade da telemedicina na neurologia e discutir os caminhos para sua regulamentação no sistema de saúde brasileiro.
Método: Revisão integrativa para reunir e analisar evidências disponíveis sobre a teleneurologia utilizando PubMed, Medline (BVS) e Science Direct. Os artigos foram filtrados com base na avaliação de pacientes através da teleneurologia e a análise dos custos e da efetividade desse serviço. Apenas estudos originais e ensaios clínicos em inglês ou espanhol foram incluídos.
Resultado: Foram incluídos 31 artigos.
Conclusão: A telemedicina na neurologia é custo-efetiva e oferece várias vantagens, como redução de custos, melhoria na qualidade de vida dos pacientes e maior acesso a especialistas. A teleneurologia demonstrou ser ferramenta promissora para melhorar o atendimento em áreas rurais e remotas, onde há escassez de recursos. No entanto, a regulamentação adequada, a padronização dos protocolos clínicos e técnicos, e a sustentabilidade financeira dos programas são essenciais para a implementação bemsucedida da telemedicina. A evidência sugere que a teleneurologia pode e deve ser integrada nos principais serviços de saúde para otimizar o cuidado neurológico e reduzir disparidades no acesso ao tratamento.
Custo-efetividade da telemedicina e a regulação de teleneurologia no Brasil