Introdução: Variações nos encaminhamentos inicialmente nos hospitalizados em serviços de atenção primária para hospitais com atendimento mais especializado se mostraram temática de discussão pertinente há muitos anos, visto que ainda existem muitas discordâncias em relação à transferência excessiva de indivíduos para hospitais de maior complexidade.
Objetivos: Apresentar as ideias sobre alterações tomográficas em hospitais primários que não sejam indicadores definitivos acerca da necessidade de encaminhamento para centros de referência.
Método: Artigo de revisão integrativa, que buscou na literatura a resposta para a questão norteadora “Como interpretar a necessidade de encaminhamento emergencial a partir de uma alteração tomográfica?”
Resultados: O uso da TC craniana em departamentos hospitalares de emergência ainda é controverso em alguns casos. TC em crianças em serviço primário demonstrou que de 33% das com epilepsia já apresentam anormalidades em TC, as quais explicavam as crises convulsivas, mas menos de 3% representam alterações que necessitam de avaliação mais detalhada, como tumores ou granulomas que requerem intervenção neurocirúrgica.
Conclusão: O fornecimento de mais de uma opinião, secundária a do médico radiologista geral, é mecanismo importante para evitar interpretações erradas e, consequentemente, encaminhamentos de serviços primários a serviços mais especializados.
Alteração tomográfica em hospital primário não é sinônimo de encaminhamento