O uso de aspirina é recomendado como estratégia de prevenção cardiovascular em pacientes com diabete melito. Em decorrência do risco de eventos hemorrágicos e da hipótese de que poderia haver um agravamento das complicações microvasculares associado ao uso da aspirina, tem havido importante sub-utilização dessa terapia. Entretanto, está definido que o uso de aspirina não piora a retinopatia diabética e existem evidências de que também não afeta a função renal em doses usuais (150 mg/dia). Por outro lado, pacientes com diabete melito parecem necessitar de doses maiores do agente antiplaquetário, o que sugere que esses indivíduos apresentem a chamada “resistência à aspirina”. Os mecanismos dessa resistência ainda não estão completamente esclarecidos, estando provavelmente relacionados à atividade plaquetária intrínseca anormal. Portanto, o emprego de terapêuticas antiplaquetárias alternativas ou a administração de doses maiores de aspirina (150–300 mg/dia) devem ser melhor avaliados em relação a um aumento da eficácia na prevenção da doença cardiovascular e também a possíveis efeitos nas complicações microvasculares no diabete melito.
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